quarta-feira, 24 de novembro de 2010


Foto Blc alma Kee, em preto e branco






segunda-feira, 8 de novembro de 2010

pragas, virus e fungos.

Tipos de Vírus


I - CURSO DE IDENTIFICAÇÃO DE PRAGAS, VÍRUS
E FUNGOS EM ORQUÍDEAS VIROSES EM ORQUÍDEAS"
Autora: Eng'. Bióloga Maria Amélia Vaz Alexandre
Seção de Virologia Filopatológica e Fisiopatologia
Instituto Biológico, São Paulo-SP
Organização: Laboratório Regional "Dr. José Gomes Vieira" Instituto Biológico
Apoio: SOP-Sociedade Orquidófila de Pindamonhangaba KS Orchids - Pindamonhangaba
28 de Agosto de 1996

II -VIROSES  EM  ORQUÍDEAS
            Viroses de orquídeas são largamente estudadas em vários países, já tendo sido relatados os seguintes vírus:
            1) Closterovirus:
·         Dendrobium vein necrosis virus (DVNV)
            2) Cucumovirus:
·         Cucumber mosaic virus (CMV)
            3) Nepovirus:
·         Tomato ringspot virus (ToRSV)
            4) Potcxvirus:
·         Cymbidium mosaic virus (CyMV)
            5) Potyvirus:
·         Bean yellow mosaic (BYMV)
            6) Rliabdovirus:
·         Dendrobium leaf streak virus (DLSV)
·         Laelia red leafspot virus (LRLV)
·         Orchid íleck virus (OFV)
·         Phalaenopsis chlorotic spot virus (PhaCSV)
7) Tobamovirus:
·         Odontoglossum ringspot virus (ORSV)
            8) Tospovirus:
·         Tomato spotted wilt virus (TSWV)

            No Brasil, entretanto, os   trabalhos   são   relativamente escassos e, até o momento, foram relatados os seguintes vírus:.
            1) CMV em Dendrobium nobile , mudas provenientes de Santos,SP, (Nóbrega, 1947)
            2) Rhabdovirus: Miltonia anceps, M. cuneala, M. regnellii, Oncidium flexuosum, Brassia thrysodes, B. caudata, Bifrenaria harrisonae e Hormidium fragrans; (Kitajimae/et/. 1974).
            3) Rhabdovirus: O. flexuosum e Laelia tenebrosa; (Chagas et ai, 1988).
            4) CyMV: L. purpurata e Cymbidium;(Chagas et ai, 1988).
            5) ORSV: Laelia tenebrosa; (Chagas et ai, 1988).
            6) ORSV: Laelia sp. e Cattleya sp.; (Carvalho et ai., 1990).
            Num levantamento realizado por técnicos da SVFF, no período 1993-1995, observou-se que os vírus mais comumente detectados foram o CyMV e o OFV. Frequentemente foi observada, também infecção dupla por ORSV e CyMV.

SINTOMATOLOGIA
            Os sintomas mais comuns em orquídeas são: riscas cloróticas e necróticas, mancha diamante, mosqueado, mosaico, clorose generalizada, manchas e anéis necróticos, etc.
            Convém salientar que os sintomas induzidos pêlos vírus em orquídeas variam em função do vírus presente, da espécie ou variedade de orquídea, do desenvolvimento da planta, da época do ano, etc., dificultando a identificação. Além disso, na prática, plantas aparentemente sadias podem estar infectadas, bem como, plantas com sintomas podem apresentar resultados negativos.
No entanto, em relação aos vírus relatados no Brasil, os principais sintomas descritos são:

            • Clorose generalizada, redução do tamanho das folhas e encurtamento de entrenós, áreas verde-claro e verde-escuro, manchas cloróticas e riscas brancas, observados em Dendrobium infectado por CMV.
            •Anéis e semi-anéis necróticos castanho-avermelhados, presentes em Laelia tenebrosa associados a infecção por Rhabdovirus.
            • Lesões necróticas em forma de losango, observadas em Oncidium flexuosum infectado por Rhabdovirus.
            • Mosaico nas folhas de Cymbidium associado a presença de CyMV
            • Manchas necróticas em Laelia purpwata associadas a infecção por CyMV.
            • Manchas necróticas em Laelia tenebrosa foram associadas a infecção por ORSV.

MEDIDAS DE CONTROLE
            Os vírus ORSV e CyMV são de fácil transmissão mecânica e sua propagação pode ocorrer de orquídeas doentes para sadias, através de instrumentos de corte, por ocasião dos tratos culturais e multiplicação de mudas. Para evitar a disseminação é aconselhável: a eliminação de plantas reconhecidamente infectadas; a formação de novos lotes a partir de sementes, isolando-se as mudas novas das velhas; do orquidário contra insetos; a lavagem das mãos com água e sabão e desinfecção dos instrumentos de corte. O homem parece ser o principal responsável pela disseminação do ORSV, uma vez que esse vírus raramente infecta orquídeas silvestres.
            A obtenção de plântulas livres de vírus através da cultura de meristemas vem sendo utilizada desde 1960, porém nem sempre tem se mostrado adequada. A adição de quimioterápicos como Virazole ao meio de cultura tem aumentado a eficiência na erradicação do ORSV e do CyMV.
            Apesar dos poucos estudos sobre a ecologia e a epidemiologia dos Rhabdovirus, a maioria deles é transmitida por afïdeos e cigarrinhas, não havendo referência sobre a transmissão pela semente. No caso do OFV, a disseminação ocorre geralmente pela multiplicação vegetativa a partir de material infectado.


            Quanto aos Tospovirus apesar de não terem sido descritos em orquídeas, no Brasil, deve-se ficar atento, pois são amplamente disseminados entre as plantas ornamentais, principalmente as cultivadas em casas-de-vegetação, devido a eficiência do vetor (tripés). Neste caso, a maneira indireta mais eficiente de controle do vírus é através da eliminação do vetor e das plantas infectadas.


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Muitas vezes, uma planta pode estar com problemas sem que se tenha percebido qualquer alteração no ambiente. Em alguns casos basta oferecer as condições propícias para que ela seja infectada por um vírus. Os vírus costumam ser um dos maiores inimigos dos que apreciam o cultivo de orquídeas isso porque, uma vez ocorrida a infecção, é quase impossível elimina-lá. Diferente de fungos e bactérias os vírus são parasitas obrigatórios, pois não tem capacidade de sobrevivência fora da planta. Eles necessitam de células vivas para se multiplicarem; uma vez introduzidos na célula hospedeira eles enfraquecem a orquídea, e aproveitam-se do seu metabolismo e, por isso, podem levá-la a morte. Sua transmissão pode se dar por meio de instrumentos contaminados*, por meio de ferimentos e podem também ser transmitidos por vetores como afídeos, tripes e cigarrinhas. Não basta olhar o aspecto da planta para ter certeza de que se trata de uma contaminação por vírus, uma analise laboratorial é necessária para que seja identificado o vírus para que seu combate seja eficaz. Segundo o Instituto Biológico, é praticamente impossível fazer um diagnóstico apenas visual. "Sintomas que poderiam ser atribuídos a vírus podem estar associados a outros fatores. No gênero Cymbidium, foi observado que as plantas infectadas com ORSV apresentavam um amarelamento generalizado nas folhas, semelhante a deficiência de nitrogênio (pela adubação). Já em Phalaenopsis, as plantas infectadas com o mesmo vírus exibiam um avermelhamento do limbo foliar, facilmente confundido com a pigmentação normal das folhas", relata. A função dessa postagem é te ajudar a identificar alguns sinais característicos, que servirão como alerta. Na dúvida isole a planta, para evitar a disseminação. Se a planta estiver muito deteriorada, deve ser incinerada.


*instrumentos contaminados- sempre que for manipular sua orquídeas utilize luvas e ferramentas esterilizadas com fogo. E a cada corte que fizer, esterilize novamente o material que esta utilizando.

Créditos a revista Como Cultivar Orquídeas (ed. 07)