Dicas de Cultivo




Cattleya walkeriana:

          Cattleya walkeriana foi descoberta por Gardner, em 1839, próximo ao rio São Francisco (MG). Seu nome foi dado em homenagem ao seu fiel assistente, Edward Walker, que o acompanhou em sua segunda viagem ao Brasil a serviço do Jardim Botânico do Ceilão, no Sri Lanka.

         O brasileiro Barbosa Rodrigues descreveu, em 1877, a Cattleya princeps, hoje considerada uma variedade da Cattleya walkeriana.


Habitat


         A Cattleya walkeriana, hoje mundialmente conhecida e apreciada pelos belíssimos híbridos que tem produzido, é encontrada nas regiões mais diferentes do Brasil, seja crescendo sobre pedras, no Estado de Goiás, ou sobre árvores, nos Estados de São Paulo, Mato Grosso e Minas Gerais, sempre próxima às águas de lagos, rios ou pântanos. São plantas de cultivo extremamente fácil, que os orquidófilos do mundo inteiro já dominam. Deve-se destacar que a maioria das plantas que hoje se encontram nas coleções foram produzidas por semente ou meristema (clonagem).

Dicas para cultivo

          A fácil adaptabilidade dessa espécie se comprova na maneira como é cultivada. No Brasil, que abriga todos os tipos de clima, temos visto a Cattleya walkeriana cultivada em vasos de cerâmica baixos e furados (chamados piracicabanos), em vasos comuns com xaxim desfibrado, em pequenos pedaços de casca de árvore (peroba, aroeira, ipê, etc.), em casca de pinheiro, em placas de xaxim ou, ainda, em muros de pedra. É uma planta que tolera muito bem a luz solar intensa, porém não direta. Gosta de ambientes úmidos e bastante ventilados, detestando substratos encharcados.

         Em Rio Claro (175 km ao norte de São Paulo), resistem muito bem às altas temperaturas de verão (38°C), assim como às baixas temperaturas de inverno (10°C), ocasião em que devem ser protegidas do vento frio do sul e ter suas regas diminuídas.

          O pico de floração é no mês de Maio, o que lhe faculta os mais variados cognomes: flor de Maria, flor das noivas, flor das mães, flor de inverno, etc. Após o aparecimento das flores, dá-se a brotação pesada, por volta do mês de Agosto, período em que deve-se intensificar as regas e a adubação para a formação do bulbo vegetativo. É importante lembrar que a Cattleya walkeriana pode florescer em broto especial ou em broto com folha comum (Cattleya walkeriana variedade princeps, que floresce em Setembro).

           É uma planta extremamente sensível às divisões (separação de mudas). Para poupá-la, deve-se evitar a floração no ano seguinte à divisão. Com este cuidado, ela economiza forças. Quando a planta mostra os botões, deve-se cortá-los utilizando ferramenta esterilizada para evitar contaminações, vírus ou bactérias. Isto pode ser feito usando-se a chama de um isqueiro ou vela por uns trinta segundos na lâmina da ferramenta.

         Nesta espécie, são encontradas as formas tipo lilás, alba (branca), coerulea (azulada), semialba (branca com labelo lilás), lilacínea (rosada), flammea (lilás com riscos púrpura), vinicolor (vinho), entre outras.

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        Nativa do Brasil, a Laelia purpurata pode ser encontrada em abundância em todo o litoral sul, especialmente nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A espécie já sofreu muito com a devastação da Mata Atlântica no sul e sudeste brasileiro destruiu grande parte de seu habitat natural.
        A Laelia purpurata é muito exigente quanto a umidade, além de regas abundantes para que se tenha êxito nas floradas é necessário um contraste térmico. Onde é necessário que ela seja cultiva numa faixa entre 15°C a 32°C, com intensa luminosidade e determinação de estações frias e quentes.
O cultivo pode ser feito em vasos de plástico utilizando um mix de carvão, pinus e fibra de coco para o plantio. Quanto a adubação use um NPK 20-20-20 e 10-30-20, além do NPK você pode usar um adubo orgânico também.
          Devido a alta necessidade de umidade podem surgir lesmas nos vasos, e podem ser combatidas com o uso de um lesmicida.
Curiosidades:
  • O nome purpurata vem do latim purpuratum devido ao labelo de cor púrpura da primeira flor encontrada.
  • Quando bem cuidadas, suas flores podem durar mais de 30 dias.
  • A lei n° 6.255, sancionada em 21 de Julho de 1983 pelo então governador de Santa Catarina, Esperidião Amin, declarou a Laelia purpurata com a flor símbolo do estado.
  • A espécie foi vulgarmente denominada pelos catadores do passado como "parasita-de-faca" pela semelhança das folhas e espatas com a bainha das facas.


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Cultivo de orquídeas em apartamento

Todas as orquídeas podem ser cultivadas em apartamento, basta que se tenha espaço e iluminação suficientes. Mas se você tem pouco espaço e quer ter várias plantas, prefira as de porte pequeno. E se quiser ter flores o ano inteiro, como já foi dito no post anterior, cultive plantas que floresçam em datas diferentes.

Onde colocar a planta?
Iluminação é essencial. As plantas devem ficar numa varanda ou perto de uma janela, recebendo o sol da manhã e/ou tarde. Não é bom que uma planta faça sombra para a outra. Se a janela for de vidros lisos, transparentes, deve receber uma cortina tipo tela que quebre o excesso de luz, ou um sombrite 80%, afim de que o sol não incida diretamente sobre a planta e acabe por queimar as folhas.

Acostume-se a visitar suas plantas diariamente, examinando-as bem de perto. Aproveite para limpar as partes secas, pois muitas vezes são portadoras de fungos nocivos que se espalham com a mais leve brisa ou por respingos d'água. Depois de um tempo, você notará se estão saudáveis ou não. Ao procurar uma solução para os problemas que elas apresentarem você estará entrando em outro mundo, onde conviverá com belas flores, fará novas amizades, se aliviará do stress da vida diária e terá um encanto a mais em seu apartamento.



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Cultivo de miniorquídeas




Muitos orquidófilos cultivam orquídeas de porte pequeno por gosto ou por falta de espaço. O fato de serem miniaturas não significa que não sejam belas. De fato, entre as pequenas, há flores de infinita graça e beleza.
Para fins de julgamento é considerada uma micro-orquídea, as que produzam flores com 1cm ou menos, orquídeas como a Sophronitis que produzem flores de 5cm e a altura da planta na ordem de apenas 10cm podem figurar entre as miniaturas.
É possível o cultivo, com êxito, mesmo num apartamento, se for numa varanda ou ao lado de uma janela que receba uma boa iluminação, colocando uma tela 80%, se a luz for direta.
Como a umidade atmosférica é muita baixa nesses locais, pode-se colocar as plantas sobre um prato contendo brita ou areia sempre molhada. A água que evapora manterá as plantas hidratadas.
Cuidado com vaso encharcado, pois as raízes tendem a apodrecer depois de algum tempo. Para resolver esse problema, aguarde a planta lançar novas raízes, retire do vaso e fixe num tronquinho de madeira, envolvendo-a com um pouco de musgo antes de amarrar. Só então passe a molhar moderadamente todos os dias, principalmente nos dias quentes.
Na verdade, a frequência correta da rega é molhar toda vez que o musgo estiver seco. Molhe o musgo com adubo líquido a cada 20 dias, durante o período em que estiver em atividade vegetativa, ou seja, com pontinhas novas nas raízes. Nunca exceda na adubação, pois a planta poderá crescer e desenvolver-se bem, mas sem floração.
Não use adubo contendo nitrogênio (N) em porcentagem maior que fósforo (P) ou potássio (K). Por exemplo: 30-10-10 pois nesse caso diminui a possibilidade de floração.

Créditos do conteúdo a AOSP www.aosp.com.br

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Peristeria elata









      A primeira vez que vi uma foto dessa orquídea fiquei encantada com a delicadeza e a riqueza de detalhes de suas flores.


Essa é a Peristeria elata a flor do Panamá.


     A Peristeria possue um gênero pequeno com cerca de seis espécies, que ocorrem na Costa Rica, Panamá, Colômbia, Venezuela, Guianas, Peru e Brasil.

          Dessa espécie a mais conhecida é a Peristeria elata, como já disse anteriormente é a flor nacional do Panamá e exemplifica muito bem o nome dado ao gênero.
       Peristeria deriva do grego peristerion que significa pombo. Isso em alusão ao ápice da coluna, que se assemelha a cabeça de uma pomba e suas asas, perfeitamente colocadas no centro da flor.
Dica:Do livro Orquideas manual de cultivo - 2° volume Denitiro Watanabe e Márcia Sanae Morimoto


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Arundina, Sobrália, Calanthe, Paphiopedilum, Phaius e Spathoglottis são alguns exemplos de orquídeas terrestres.
Encontradas em regiões de clima temperado e frio, em sua maioria se desenvolvem nas florestas a sombra das copas das árvores, em meio a camadas de material orgânico como húmus, folhas, galhos.

Há espécies de orquídeas terrestres para toda a escala de sombreamento.

  • Sol direto - Arundina e Spatoglottis ( muito usada na ornamentação de jardins)
  • Meia Sombra - Phaius
  • Sombra - Sobrália
Suas raízes grossas e folhagens de textura fina as deixam vulnerais na época da seca, por isso torna-se necessário um ambiente umido e regas diárias.

Para o plantio você pode usar uma mistura de:

  • Terra vegetal;
  • Areia;
  • Húmus;
  • Adubo orgânico (bokashi);
  • Brita ( você pode colocar a brita como cobertura para ajudar a segurar a umidade)
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Cultivo de vanda


        A dica de cultivo de hoje é sobre as Vandas. Um dos gêneros mais importantes, encantam pela beleza da forma e coloração de suas flores, apesar do seu preço ser um pouco " salgado", esse gênero é bem procurado.

        O nome Vanda vem do sânscrito e deriva de um visco sagrado encontrado num carvalho denomidado Vandaca.
É uma orquídea de origem asiática e sua espécies podem ser encontradas em Bornéu, Birmânia, Índia e Tailândia. Planta de crescimento monopodial possui mais de 70 variedades e uma quantidade de híbridos desconhecida.
Tem sua floração mais intensa nos meses de Fevereiro e Março, mas por causa dos cruzamentos que vem sendo feitos há vandas que florescem o ano todo.

        As Vandas em sua maioria são epífitas, mas podemos encontra-las como rupícolas e até terrestres.
As dicas que vou deixar são para as epífitas. Estas podem ser amarradas em arvores ou plantadas em vaso/cachepôs. Na maioria das publicações que vi, diz que a vanda não aceita substratos convencionais. Mas conheço ótimos cultivos de vanda plantadas em casa de peroba com esfagnum e em pínus com carvão.
Por isso acredito que o segredo seja, deixar as raízes arejadas. Na hora do plantio evitar o pó do substrato e não colocar tanto sphagnum, apenas o suficiente para segurar a umidade.

         Elas gostam de ambientes com umidade e calor elevados. Por isso é bom manter uma rega diária em dias normais, e em dias quentes podendo molhar até 2 vezes evitando sempre molhar as brotações, pois o acumulo de água entre as folhas e brotos deixa a planta suscetível a fungos.
Uma dica boa para dias quentes é molhar o chão do orquidário para aumentar a umidade do ar.
A iluminação deve ser filtradas nos horários de sol mais intenso e pode ser direta na parte da manhã e no fim da tarde.


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Cultivo de Cimbidium


Desde que comecei a trabalhar no orquidário, sempre apareceu clientes procurando solução para uma orquídea que não florecia. A bela da vez é o Cymbidium famosa por ter um cacho generoso de flores e por infestar floriculturas e supermercados na época do dias das mães. Sem sombra de duvida é uma planta linda, mas pra maioria das pessoas aqui da nossa região (centro- oeste) depois da primeira floração se torna apenas uma bela folhagem.
Por isso no meu enorme tempo vago (sic), fiz uma breve pesquisa pra você que tem interesse em cultivar um cymbidium.

Situando - se
        O nome Cymbidium deriva da palavra kymbes, que significa em forma de barco isso pela forma do labelo. è uma planta epifita e rupicola.
Possui aproximadamente 50 variedades do gênero, com três a quatro mil variedades catalogadas e cerca de 12 mil híbridos intergenericos catalogados.
          Originária da Ásia, algumas espécies podem ser encontradas na Índia, China, Japão, Indonésia e Austrália.
Hoje a maioria das plantas desse gênero, são híbridos que foram feitos apartir de meia dúzia de espécies. Esse híbridos também passaram por um melhoramento, para suportar o clima de outras regiões,  aumentar a resistência da planta quanto a doenças e uma floração maior e as vezes até mais durável.

Cultivo:
          Seu plantio pode ser feito em jardins ou em vasos com substrato bem arejado e rico em materiais orgânicos (pinus e fibra de coco). Por ser uma planta de crescimento rápido, é aconselhável replanta-las a cada 2 anos.
         O Cymbidium tem necessidade de bastante luz durante o dia, ventilação e temperaturas amenas a noite, por isso o cultivo dentro de casa é meio que inviável.
Por serem plantas de clima frio, elas se adaptam com maior facilidade as regiões sul e sudeste. Mas se você é da região Norte, Nordeste ou Centro- Oeste não fiquei triste, há como cultivas "as belas" por aqui também. Pra isso é necessário oferecer uma diferença climática entre frio e calor.
Para florescer é necessário que durante o dia ela receba bastante luminosidade "indireta" (Se você deixar a planta sob o sol pleno, irá causar queimadura nas suas folhas), e a noite deixa-lá tomando o sereno/garoa da madrugada.
         Como na maioria das regiões que citei acima essa combinação é meio complicada, fica a dica de várias pessoas com que conversei.
Nas regiões que essas condições são quase ou totalmente nulas, torna-se necessário simular essa diferença climática. O sol nos temos de sobra, né! Então a dica é pra noite, onde você pode estar borrifando água gelada, além de coloca-lá em um ambiente mais úmido. Há quem diga também que colocar pedras de gelo na borda dos vasos sob o substrato também funcione, só tome cuidado para que as pedras de gelo não toque os bulbos da planta.

           Essa odisseia só deve começar uns 3 a 4 meses antes da época da floração o que no Brasil ocorre entre o outono e o inverno. Que fique claro que tudo isso não dispensa a necessidade de uma adubação rígida com um NPK e um adubo orgânico.





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